Inoculação é uma técnica utilizada na agricultura, consiste no ato de inocular, ou seja, disponibilizar microrganismos como as bactérias com ação benéfica, para o solo e/ou plantas possibilitando assim a associação entre microrganismos e as culturas. A inoculação de sementes é uma prática agrícola manual ou mecanizada que estabelece o contato de bactérias com as plantas a fim de promover efeitos benéficos.

Essa associação(planta/bactéria) traz inúmeras vantagens para as plantas como: melhora na absorção de água e nutrientes, fixação biológica de nitrogênio (FBN), produção de fitormônios entre outros, ocasionando maior crescimento e desenvolvimento das plantas, refletindo em maiores produtividades.

Cerca de 70% dos fertilizantes usados nas lavouras no Brasil são importados, o uso de inoculantes pode reduzir o custo com adubação em mais de 95% por hectare plantado. O uso de fertilizantes nitrogenados além de elevarem os custos da produção ainda causam danos ecológicos. A aplicação desses microrganismos tem como um dos principais objetivos suprir as necessidades de nitrogênio das culturas, sendo esse, um dos macronutrientes fundamentais para o desenvolvimento das principais culturas. Com isso, a fixação biológica de nitrogênio trouxe uma economia anual de 14 bilhões de dólares ao Brasil nos últimos anos, de acordo com pesquisas feitas pelos cientistas da Embrapa.

Dentre os microrganismos mais utilizados destacam-se as bactérias do gênero Bradyrhizobium spp. e Azospirillum spp., sendo as principais bactérias utilizados para a formulações dos inoculantes. Na prática, o Bradyrhizobium atinge as raízes das leguminosas induzindo a planta à formação de nódulos onde ocorrerá o processo de FBN; e o Azospirillum atua principalmente na promoção de crescimento das plantas e fixação biológica de nitrogênio.

A eficiência dos inoculantes sejam líquidos ou turfosos estão diretamente relacionadas as boas práticas de inoculação, sendo extremamente necessárias para garantir a qualidade do produto.